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Dentre Margens

by Joel Nachio

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1.
Incessante procuro o sítio a que possa chamar de lar, E ela pode-me dar a mão, pode-me ensinar a amar, Supondo que o tempo passa e não volta para trás, Sabendo que por vezes é difícil passar, passar por horas más, E tenho saudades de tocar no seu rosto, Andarmos de mão dada e sentir o seu recosto Tao longe e tão perto O lar do coração Vejo-o num olhar desperto Sinto-o na respiração Tao longe e tão perto O lar do coração Se for algo incerto A eternidade dá-nos a mão De uma alma concedida a um amanhã ainda por ter vinda, Relembro e celebro o seu semblante numa só moção ainda, Mesmo quando não durmo e os maus pensamentos afloram, O meu coração bate mais a pensar nela, a si se decoram, Por um sonho que um dia espero que seja realizado, Na algibeira do peito, perto de mim e do sonhado De um instante que seja para sempre eternizado P’ra sempre… Tao longe e tão perto O lar do coração Vejo-o num olhar desperto Sinto-o na respiração Tao longe e tão perto O lar do coração Se for algo incerto A eternidade dá-nos a mão
2.
Perseguindo o brilho estelar numa doce recaída, Sou cadente por opção, fagulhas trago no coração, Dilacerando o horizonte dentre a chegada e a partida, Somente os poetas compreendem este apelo na alma imbuído, Somente os poetas relembram os pormenores a um Deus esquecido Sou poeta itinerante, versos são meu norte e guia, Nas asas da inspiração, voo na pluma da emoção, Desvendando mistérios na estrofe que a mim me inebria, Somente os poetas compreendem este apelo na alma imbuído, Somente os poetas relembram os pormenores a um Deus esquecido, Entre metáforas e rimas, desenho sonhos no papel, Sou artífice da expressão, forjo poemas com devoção, Explorando universos onde a alma reencontra o seu anel, Somente os poetas compreendem este apelo na alma imbuído, Somente os poetas relembram os pormenores a um Deus esquecido.
3.
Oh meu amor, nós olhar luarento, De palavras ao vento, A fortuna de quem soneta Passagem ligeira para qualquer lugar, Quase a chegar À fronteira da ampulheta, A pintar uma foto, Feita a dois, Deixada para depois Levemente, Indo adiante, De marcha a rés, Quebrando os pés Docemente Oh meu amor, só porções de um beijo, O coração é marejo Numa dança a que o toque convida A tela infinda, para nosso retrato, Dou-me por grato, Pela aventura de uma Vida, A pintar uma foto, Feita a dois, Deixada para depois Levemente, Indo adiante, De marcha a rés, Quebrando os pés Docemente
4.
Tao Simples 02:10
Pássaros de papel e bolhas de sabão, Alegrias e prantos em almofadas de algodão, Confetes brilhantes e balões de purpurina, Mostram o caminho, são a lamparina, Tão simples a marcha, Tão simples a passada, Venha o dia ou a noitada, Flores ao vento e rios de melodia, Os restantes píncaros são de magia, Sonhos tecidos com risos que pintam o céu, Expressam as ideias em torno do eu, Tão simples a marcha, Tão simples a passada, Venha o dia ou a noitada, Estrelas cadentes e nuvens abraçam o horizonte, Rascunham o cenário, pintam uma ponte, Fios de arco-íris e borboletas a voejar Ensinam-me a querer, e ensinam-me a esperar Tão simples a marcha, Tão simples a passada, Venha o dia ou a noitada.
5.
Sonho acordado, levado pela brisa E por ti, Num beijo retornado, O resto a vida traz, Num momento, Anseio despertado com o vento a me guiar E por ti, Num sorriso envolvente, O resto o tempo faz, Num momento, Deixa-me vir, trago-te flores, Deixa-me vir, trago-te cores, Até quando fores, Culpo-te a ti, Por um bocado, apaixonado Olhar tocado por mútuas memórias E por ti, Em caminhos partilhados, O resto a vida traz, Num momento, Seguindo lado a lado, sonhemos acordados, E por ti, O nevoeiro vai-se, O resto o tempo faz, Num momento Deixa-me vir, trago-te flores, Deixa-me vir, trago-te cores, Até quando fores, Culpo-te a ti, Por um bocado, apaixonado.
6.
Summer, A place for us to be, Somewhere I can see A portrait of still morning, Springtime, A season made of blue, Created for me and you, Our hands entwined in one, Somewhat so true, but what can I do Seasons pass by in your eyes, A place to wander fourth, the blue skies, Autumn, A breeze in our hand, Made to understand, The gist of awakening, Winter, The world turns and turns, While our kiss now burns, We finally say goodbye, Somewhat so true, but what can I do Seasons pass by in your eyes, A place to wander fourth, the blue skies.
7.
Nesta praia vejo porções de passos emparelhados, E a sua mão na minha atravessam o lesto oceano, Onde se aventuraram alguns marinheiros, encalhados, Nostalgia do que passou e dos instantes ainda por vir, Saudade de momentos em que em um nos fundíamos, Num terno ou eterno sonho sonhado a chorar ou sorrir, Firmamentos repletos de estrelas entre horizontes distantes, Apesar da distância, trago o seu coração neste coração, Ondulando de onda em beijos mareantes, Trago-a no espaço que corre atrás dos ventos Que afastam e unem duas almas solitárias De uma Vida e seus caminhares e inabituais cruzamentos,   Nos olhos trago o mar, um oceano e um deserto, A ti, envolvida por lençóis, pela brisa envolvente, Vou ouvindo o trautear do relógio sempre incerto, Firmamentos repletos de estrelas entre horizontes distantes, Apesar da distância, trago o seu coração neste coração, Ondulando de onda em beijos mareantes.
8.
A chegada do instante é um voo inominado, Verdade contida de uma lágrima invertida, Uma carta enfim deixada ao mais doce cuidado, Por um amor incandescente, a maré, a corrente, Por altos momentos, Doces sacramentos Eu sou aquilo pelo que me deixo tocar, E é isso que me consente amar, Não obstante do pai ou do filho, o Universal, É sonho cá em baixo achado, fôlego retornado, E nós de olhar embaciado definidos no real Somos o suficiente para desculpar o obrigado, Por altos momentos, Doces sacramentos Eu sou aquilo pelo que me deixo tocar, E é isso que me consente amar, Por altos momentos de asas soltas a volutear, Envoltas pela nostalgia do que está por vir, Completadas pelo sol a cair e a se enxaguar, Com saudades de quem não fui, do elixir, Por altos momentos, Doces sacramentos Eu sou aquilo pelo que me deixo tocar, E é isso que me consente amar!
9.
Vem a brisa Vem o vento Que me guie Neste momento, Onde passa Cada segundo, Por breves instantes Pertenço ao mundo, Procuro lugar, Num sítio certo, Onde me perca Seja longe ou perto, Haja crença, Um pouco de sorte, E também coragem, Pois há que ser forte, Por onde piso, Tão sozinho, Vou devagar, Este é o caminho, Lentamente, Coração na mão, De bolsos rasgados, Só com esta canção, E vai o poeta, De olhar cerrado, Passam as cercas, Alcançando o sonhado, Passo a passo, Sem tristeza, Volta o brilho, E enfim há beleza.
10.
Nao Obstante 03:24
Vejo-me reflectido no vidro azul por mim embaciado, O fôlego ofegante por um instante enfim eclipsado, Faz de mim nostálgico, afogando-me em saudade, Por um sorriso em partilha onde procuro a felicidade, Porém há tanta contrariedade, deambulo no adverso, Escrevendo a frase de estrofe a estrofe, de verso a verso, Sonhando com a donzela que por fim me queira dar a mão, E que me faça de novo sentir vivo, que me avive o coração, Pois canto esta canção, e o seu suspiro conhece-me tão bem, Sou amigo do Outono, do carrossel que vai e por vezes não vem, E tenho medo da escuridão, do tempo em que vai caindo a monção, Contudo vou buscando nesta Vida o que sempre será uma bênção, Este olhar é somente para a ver, estes lábios apenas para a beijar, Não me é mais importante de que só vá, hoje pretendo enfim chegar Pois passo a passo se faz o amanhã e também o longe já trilhado Vou caminhando assim pois espero encontrar o meu outro bom bocado.
11.
Acontece 03:28
Sou a brecha dentre as rochas do pavimento, Este desapego é objectivo para cada momento A insatisfação é fatigante, fruto de cada estação. Enquanto o coração for pulsante, p’ra andar haverá razão, A frágil ferida que recorta o ar em pequenos pedaços, Insaciado e contrafeito vou perdendo certos laços, O silêncio é a voz dos perdidos, calando os sentidos, Dos instantes reaprendidos, face aos tempos concedidos, Estas mãos manchadas, eternamente ausente, Parecem nunca tocadas, por quem não as sente, As águas passadas nem sequer aqui movem estes velhos moinhos, Nem tão pouco barcos grandes, grandes ou pequeninos (E acontece…) Estas mãos à procura criadas pelo sonho almejado, Tentando encontrar o sol enquanto sou encurralado, Não obstante da mágoa, há que ser na Luz pertença, Pois a chaga do penitente é indiferente à sua sentença, Neste aqui expressa-me nesta partida, uma mão vazia, É o precipício que acalma alguns homens, logo venha o dia, P’ra a encher de momentos concebidos por um amanhã, Pois só estamos p’ra sermos preenchidos pelo que vem de lá Estas mãos manchadas, eternamente ausente, Parecem nunca tocadas, por quem não as sente, As águas passadas nem sequer aqui movem estes velhos moinhos, Nem tão pouco barcos grandes, grandes ou pequeninos (E acontece…)
12.
Oh alma vadia, Tantas pedras no caminho, Por onde passo vou, Sempre tão sozinho, Dentre margens separadas, Corações e emboscadas Com vontade de chegar Sem poder regressar Oh doce estrada, Prometendo o mundo, Sabes a quase nada A um pobre vagabundo, Dentre margens separadas, Corações e emboscadas, Preciso de ser partida Nesta valsa contida Oh minha querida, Fazes-me viver, Trago-te vestida, Neste meu bem querer, Dentre margens separadas, Corações e emboscadas, Um último beijo dado, Este é o meu fado.
13.
Dá-me um último beijo A estrada vai longa e farta Tão longe do seu destino Dá-me a mão e o desejo Pois o que esta vida não mata É o sentimento clandestino… o anseio …De quando eu era… maior que o firmamento A qualquer e qualquer e todo momento Verdade inesquecível, um instante perpetuo Ai que saudades de mim vou tendo pouco a pouco Saudades do homem sano e do homem louco O encontro do sonho, a perda do sentido Dorme criança Sem fardo Até tu precisas de descansar Dorme criança Sem peso Até tu precisas de voltar a sonhar Dá-me um último abraço Por todos aqueles não dados, O toque do toque na mão Dá-me o ausente pedaço Em breve andaremos em prados Envoltos somente num coração De quando éramos maiores que o firmamento A qualquer e qualquer e todo momento Verdade inesquecível, um instante perpetuo Ai que saudades de mim vou tendo pouco a pouco Saudades do homem sano e do homem louco O encontro do sonho, a perda do sentido, Dorme criança Sem fardo Até tu precisas de descansar Dorme criança Sem peso Até tu precisas de voltar a sonhar
14.
Os teus lábios Entre este silencio Procuram um lar Para a eternidade Que nunca chega, Que sempre se atrasa Passos tão pesados Tentando se afastar Os teus lábios, Quatro paredes, Correntes fortes Que não consigo largar, Minha querida, Se fores a morte, Dá-me espaço, P’ra te conhecer, Fecho os olhos, Imagino o sol, Mão na mão, Beijo intenso Os teus lábios, Fantasmas nos meus, Água em miragem, Holofote sem luz, Desejo ardente, Para um outro dia, Outra hora, Outro momento, Fecho os olhos, Imagino o sol, Mão na mão, Beijo intenso

credits

released April 17, 2024

Nicolas Sokolic (Argentina) - mandolin (Seasons Pass By; Não Obstante)
Bruno dela Rosa Barbosa (Brasil) - contrabaixo, baixo
Daniel G. (Venezuela) - violoncelo (Porções de Um Beijo III; E Enfim Há Beleza; Os Teus Lábios)
Oleg Pisarenko (Ucrania) - acordeão (Voltar a Sonhar; Entre Dois Corações)
Jonathan (Argentina) - violoncelo (somente os poetas)
Joel Nachio - voz / guitarra / etc...

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Joel Nachio Porto, Portugal

Portuguese singer and songwriter who plays a repertoire of original compositions influenced by world music sonorities with elements of african and brasilian music...

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